segunda-feira, 28 de março de 2011

Sri Yantra, um mistério a ser desvendado



A cultura hinduísta é repleta de símbolos e rituais com significados muito interessantes. Sri Yantra é considerado o yantra mais importante e sagrado na cultura hinduísta. Acredita-se que se meditarmos concentrados nesta figura entraremos em contato com nossos aspectos interiores e, também, com os aspectos mais universais de maneira intensa.

Yantra significa, então, o instrumento com o qual controlamos a energia contida em nosso ser. Originária do sânscrito, esta palavra significa: instrumento usado para controlar.

Tra = instrumento Yam = controlar



O yantra pode servir como representação do aspecto do divino, ou também pode ser um modelo para adoração interior e imediata de uma divindade. É um símbolo que contém elementos dinâmicos, o que estimula o movimento da energia contida em nosso ser. Ele faz refrear as forças psíquicas, estimulando as visualizações internas, meditações e vivências.


A geometrização dinâmica sugere uma contínua expansão do centro da figura em direção à circunferência, requerendo certo tempo para seu percurso e, por outro lado, deve ser compreendida como uma hierarquia perene ou uma gradação de estágios que são manifestados simultaneamente. Em seu centro está localizado o valor supremo Absoluto, de onde tudo emana e para onde tudo se concentra.

As visualizações, meditações e vivências advindas do yantra devem ser consideradas como reflexos da essência divina na sua criação e destruição do universo e ao mesmo tempo como emanações da psique de quem a está visualizando. Elementos antagônicos são evocados, quando o observamos: criação e destruição, feminino e masculino, evolução e involução do mundo, a compreensão do eu interior até o eu universal.



Na figura há nove triângulos que se interpenetram. Os triângulos voltados para baixo são considerados símbolo do feminino, ou seja, representam a deusa Shakti, e os que estão voltados para cima são os masculinos, representando o deus Shiva.

O Sri Yantra simboliza a vida, simultaneamente o universal e individual, como uma incessante interação de opostos cooperantes. Os cinco triângulos femininos em expansão ascendente e os quatro masculinos que emergem em sentido contrário significam o processo contínuo de criação. Como uma sucessão ininterrupta de raios luminosos, eles se fundem uns nos outros e espelham o momento eterno da geração. Esta figura é a representação de aspectos antagônicos, um dinamismo representado por uma figura estática.

Fonte : material de pesquisa da internet , sem registro do site de origem.

O Universo e sua Causa

Escolhido como logotipo da Associação Brasileira de Dakshina Tantra Yoga (ABDTY), o Shri Yantra – composto por dois jogos de triângulos - é o símbolo do Universo e sua Causa. Segundo as explicações de Arthur Avallon, em Shakti y Shakta, um jogo é formado por quatro triângulos masculinos, ou Shiva, chamados Shrikanthas, que denotam os quatro aspectos (Tattva) da Consciência-Poder evoluída ou limitada; o outro, por cinco triângulos femininos, ou Shakti (Shivayuvatís), representando as cinco funções vitais, os cinco sentidos do conhecimento, os cinco sentidos da ação, as cinco formas sutis e as cinco formas densas da matéria.

Estes dois jogos de triângulos estão sobrepostos para demonstrar a união de Shiva e Shakti. Assim unidos criam a figura dentro das oito pétalas de lótus no Yantra pleno. Fora dessas oito pétalas há outras dezesseis pétalas. Algumas linhas e um contorno com quatro portais ou portas, que se encontram em todos os Yantras e se chama Bhúpura e serve para os fins do que em Magia se chama Barreira.

Este Yantra tem nove Chakras, ou compartimentos, formados pela interseção dos triângulos.

- Primeiro há um ponto vermelho central, ou Bindu, o Chakra da Bem Aventurança. Divindade Suprema, a Mãe como a Grande Potencialidade, de onde procede todo o restante que este diagrama significa. O vermelho é a cor de Vimarsha Shakti, o Poder Evolutivo.

- O segundo é o triângulo invertido, o Chakra de Todo Logro. Nos ângulos desse Triângulo branco estão as Divindades da Substância Psicofísica Geral e suas duas primeiras evoluções como Mente Cósmica. Fora do Chakra está Káma, a Divindade do Desejo, com seu Arco de Cana de Açúcar (a Mente como diretora dos sentidos); com suas Cinco Flechas (as cinco formas da matéria sutil, que em sua forma densa são percebidas por esses sentidos); com seu Laço, que é a Atração; e sua Picana, a Repulsão. Outra versão (que toma o Arco e a Flecha como um símbolo) converte os três implementos nos Poderes da Vontade, do Conhecimento e da Ação.

- O terceiro, representado por oito triângulos vermelhos, se chama Destruidor de toda Enfermidade, termo que significa falta dessa Totalidade (Apúrnam-manyatá) que é a Saúde Espiritual.

- O quarto Chakra é representado por dez triângulos azuis.

- O quinto, por dez triângulos vermelhos.

- O sexto, por quatorze triângulos azuis.

- O sétimo, por oito pétalas vermelhas.

- O oitavo, por dezesseis pétalas azuis.

- O nono é o contorno amarelo.

Neles há uma quantidade de divindades inferiores que governam as formas da Mente, a Vida, o Corpo e suas funções especiais. O objeto do culto do Yantra consiste em alcançar a unidade com a Mãe do Universo em suas formas como Mente, Vida e Matéria e seus Devatas, como preparação para a união yóguica com Ela pois Ela é, em si mesma, Consciência Pura.

terça-feira, 8 de março de 2011

OS CELTAS E AS FORÇAS TELÚRICAS.




Aquele povo nórdico mantinha uma vida simples se comparada com a do mundo civilizado atual, e primava pela utilização das forças telúricas em todos as suas atividades, expressas basicamente através de ritos propiciatórios. Consideravam a natureza como a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a natureza, por isso a sociedade celta embora não fosse matriarcal mesmo assim a mulher era soberana no domínio das forças da natureza.


Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples (nesta palestra queremos dizer que nossa descrição teve mais como base a terminologia chinesa, mas vale agora dizer que tudo o que a geomância atual diz já era sobejament
e conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.


Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem de meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.


O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires. Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia.

As construções megalíticas eram drenadores, condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.





Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais religiosas.


A realização dos festivais celtas não se prendia somente à localização, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas.


Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas

Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".


Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.


É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados.

Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico.
Na realidade não se pode falar de religião céltica sem se falar da religião druídica, por isto a partir da próxima palestra entraremos sobre que e quem eram os Druidas, assim como exerciam suas cerimônias religiosas.


Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "mágico" bem mais intenso que os druídicos pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado mágico e mais ainda o exercido de alguns rituais com os participantes despidos foi motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez.


O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa.


Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza. Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Como já dissemos em outros temas, todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.


A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza.


Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher".


Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.

Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.

Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo a influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais.

Por isto, e por outras coisas, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres. Existam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos.

Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza. Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado mágico da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias mágicas. Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.